
O Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen-Ba), referência nacional em diagnósticos e vigilância epidemiológica, completa 110 anos na próxima segunda-feira (8). Para marcar a data, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) promove uma programação científica no auditório Lúcia Alencar, na sede da pasta, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, a partir das 8h30.
O encontro reunirá especialistas como a diretora-geral do Lacen-Ba, Arabela Leal, o infectologista Antônio Bandeira, a coordenadora-geral de Laboratório de Saúde Pública do Ministério da Saúde, Karen Machado, e a gerente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Graziela Costa de Araújo. O encerramento ficará por conta da Camerata Opus Lúmen, da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba).
Fundado em 1915 como Instituto Bacteriológico, Anti-rábico e Vacinogênico da Bahia, o laboratório nasceu da colaboração entre Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e Gonçalo Muniz, na Bahia, em meio à epidemia de febre amarela que assolava o país no início do século 20. Ao longo de sua história, ganhou novas atribuições, mudou de nome e, em 1973, foi incorporado à estrutura da Sesab, passando a integrar a Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública.
O Lacen teve protagonismo recente na pandemia de Covid-19, quando liderou a identificação de variantes do Sars-CoV-2 por meio da vigilância genômica, consolidando-se como peça central da saúde pública baiana e nacional. Entre 2019 e 2025, o governo estadual investiu mais de R$ 20 milhões em modernização tecnológica, ampliando a capacidade de resposta da instituição.
Comemorar os 110 anos, no entanto, não significa olhar apenas para o passado. O Lacen preserva a memória de um século de enfrentamento a surtos e crises sanitárias, mas projeta o futuro com pesquisas inovadoras, exames de alta complexidade e uma contribuição contínua ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde.