Modernização do aterro sanitário reforça compromisso do Governo Municipal com o desenvolvimento sustentável

Desde 2009, a cidade de Vitória da Conquista conta com um equipamento de suma importância para o cuidado com o meio ambiente e o bem-estar da população. O aterro sanitário municipal dispõe de toda a estrutura necessária para depósito, compactação e tratamento do lixo produzido na cidade.

Localizado na BA-262, sentido Anagé, e com extensão de 120 mil metros quadrados, o aterro recebe, em média, 165 toneladas de resíduos sólidos por dia – com picos de 300 toneladas na segunda e terça-feira. As duas primeiras células do aterro já foram encerradas. Atualmente, o equipamento possui duas células de armazenamento de resíduos ativas, que em 2024 passaram por um processo de junção para aproveitamento da parte superior, permitindo que sejam trabalhadas por mais três anos.

A administração do aterro é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesep) e a operação fica por conta da Torre Construções, que venceu o processo de licitação.

A operação do equipamento funciona da seguinte forma: primeiro, chegam os resíduos domiciliares, coletados nos caminhões pela Torre e, também, por carros particulares de empresas que são grandes geradoras de resíduos e pagam uma taxa para poder entregar os resíduos para a destinação no aterro sanitário.

Os resíduos são pesados e depositados na frente de trabalho, espalhados e compactados por um trator esteira. A compactação é uma forma de diminuir o volume dos resíduos e também a entrada de oxigênio na massa de lixo, o que reduz a proliferação de vetores de doenças e odores. Duas vezes por semana, é realizada uma cobertura com terra e material inerte, também para controlar a propagação de odores e de vetores, além de evitar que o vento espalhe os resíduos que são mais leves.

A Engenheira Sanitarista responsável pelo Aterro Municipal, Márcia Amorim, destaca a estrutura moderna do equipamento, que garante mais segurança no manejo de resíduos sólidos urbanos produzidos em Vitória da Conquista. “O aterro é exclusivo do município e foi construído dentro das normas técnicas de proteção ao solo e ao lençol freático, utilizando membranas que protegem o solo e o impermeabiliza para que o líquido produzido no aterro não vá para o lençol”.

Márcia também explica que está sendo finalizada a construção de uma estação que fará o tratamento do chorume, um líquido escuro, viscoso, de cheiro forte e muito desagradável, resultado de matéria orgânica em decomposição. “As células ativas do aterro possuem um sistema de drenagem por tubulações que levará o chorume até a estação de tratamento. Na parte elevada do sistema de drenagem, passam os gases emitidos pela massa de resíduos compactados”.

A estação de tratamento está em fase de testes e deve entrar em funcionamento nos próximos meses. Será mais uma aquisição moderna ao sistema de tratamento de resíduos do município, com um laboratório que fará análises de como o chorume chega e sai da estação. Atualmente, o chorume é recirculado para as células desativadas do aterro. Após a inauguração da estação, o chorume tratado será utilizado para irrigação das plantas no próprio aterro.

A Engenheira Sanitarista reafirma a importância do equipamento para a cidade de Vitória da Conquista, que busca cumprir a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tem como uma das metas a eliminação dos “lixões”, espaços de destinação irregular de resíduos. “A importância do aterro está diretamente relacionada com a saúde pública e com o meio ambiente. Diz respeito à legislação e à vontade de acabar com os lixões. Vitória da Conquista avançou nessa área desde 2009, quando o Aterro Sanitário foi inaugurado. Novas células foram construídas, aumentando a capacidade de armazenamento de resíduos. Conquista está em conformidade com os prazos legais de encerramento dos lixões, e o aterro sanitário influencia na saúde ambiental e na qualidade de vida da população porque tem um lixo adequadamente destinado. É um marco legal na prática de sustentabilidade do sistema de limpeza urbana da cidade”.

Nos últimos meses, a Prefeitura Municipal tem aumentado os esforços para ampliar e fortalecer os serviços de limpeza pública em todo o município. Na última semana, o município recebeu oito novos caminhões para integrar a frota de coleta de lixo.

Em fevereiro deste ano, foi inaugurado o Centro de Triagem de Materiais Recicláveis, que além de gerar trabalho e renda para catadores, promovendo a inclusão social e integrando esses profissionais ao processo de gestão de resíduos do município, também reduz de forma considerável os resíduos destinados ao aterro sanitário.

A atuação do Aterro Sanitário Municipal visa o cumprimento da Lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada para organizar o desafio do gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos em todo o país. A PNRS é composta por diretrizes e metas que visam tanto o manejo adequado e sustentável dos resíduos quanto a redução da produção e a reciclagem, evitando prejuízos ao meio ambiente e à saúde humana por conta da contaminação do solo, dos corpos d’águas e da atmosfera.

A cidade de Vitória da Conquista tem sido pioneira em todo o Brasil no compromisso com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que propõe diretrizes e metas para a promoção de um desenvolvimento sustentável que integre os aspectos econômicos, social e ambiental — os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Em abril, a cidade sediou o 1º Encontro ODS do Sudoeste da Bahia, que reuniu autoridades do Brasil e do mundo para discutir formas de alcançar os ODS e compartilhar experiências. No encontro, a prefeita Sheila Lemos sancionou a lei que torna os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como diretrizes de políticas públicas em âmbito municipal.

Neste sentido, o aterro sanitário contribui para o alcance de diferentes ODS, assim como todos os esforços na limpeza pública, a exemplo do ODS 6 – Água Potável e Saneamento; ODS 12 – Consumo e produção responsáveis; ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima; ODS 14 – Vida na água e ODS 15 – Vida terrestre.

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