A Secretaria Municipal de Educação (Smed), em parceria com o Museu Pedagógico e com o Instituto Búzios, realizou seminário com o tema“Luta antirracista e os desafios atuais”, no Centro Municipal de Formação Educacional Prof. Raymundo Vianna. O objetivo do evento foi ampliar os horizontes para alcançar pessoas da região, de forma a atender e compartilhar saberes.
O secretário Edgard Larry destacou que a discussão sobre racismo é necessária para que a sociedade tenha compreensão da importância deste tema, pois ainda há manifestações racistas e discriminatórias. “Nosso dever enquanto sociedade civil e educadores é discutir essa questão de forma permanente e apresentar soluções e caminhos para melhorar esta questão”.
Ainda segundo Larry, o município reconhece que ainda tem muito a fazer até porque, historicamente, esta pauta não recebeu a atenção devida. “Mas temos feito muito, na formação específica dos professores, na aquisição de material estruturado para lidar com a temática, na infraestrutura das escolas, em especial nas comunidades quilombolas. São 10 escolas de tempo integral. Esses investimentos mostram que o governo municipal está antenado com essa pauta”.
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Edgard Larry
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Lucinéa
Organizadora do evento, a coordenadora das escolas nucleadas e do Instituto Búzios, Lucinea Gomes de Jesus, explicou que o Instituto é uma organização da sociedade civil. “No auditório temos professores de história e Educação de Jovens e Adultos (EJA) e das escolas nucleadas da Rede Municipal de Ensino, coordenadores, professores e gestores do município de Anagé, e graduandos das universidades de Vitória da Conquista. Pretendemos ampliar esta discussão no mês novembro”.
No período matutino aconteceu a palestra “A educação antirracista e os desafios atuais”, com a Prof.ª Dra. Graziele de Lourdes Novato Ferreira. Para ela, a educação antirracista perpassa por um conhecimento da própria história, das origens e também de se fazer um letramento racial. “Uma marca que estabelecemos dentro do conhecimento para que possamos atentar sobre o conhecimento do que dizer, do que não dizer, como dizer, como não dizer de combate ao racismo”.
Ela acrescentou que se trata de um momento importante ao trazer essas demandas para dentro das escolas, no processo educacional. “Entendemos a escola como um espaço diverso, plural, onde essa população diversa dentro de cada sala, que inclusive passa por questões específicas de sua própria cultura e que não é valorizada. É o momento de nos atentarmos para estas diferenças e trazer para dentro do seio educacional, compreendendo o aluno, o educando como um ser completo. Uma pessoa que está dentro da sua cultura”.
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Graziele
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Poliana
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Vanderléia
O tema “Educação antirracista: práticas significativas na escola” foi abordado no turno vespertino com as professoras Luana Silva e Poliana Reijane. Para Poliana trata-se de um momento ímpar na história de Conquista e municípios circunvizinhos. “Pensar educação antirracista como a própria Ângela Davis já nos ensinou, não basta ser antirracista. É preciso combater o racismo, e as escolas, enquanto instituições de ensino, precisam ser instrumentos fortalecedores desta luta. Então hoje aqui pensaremos e encaminharemos algumas práticas, iremos sugerir algumas atividades para que estas escolas se empoderem e se firmem enquanto instrumento de fortalecimento para esta luta, combatendo o racismo sobretudo nas instituições”.
Professora na Escola Municipal Genny Fernandes Rosa, Vanderléia Coelho dos Santos Barbosa, afirmou ser muito importante participar da formação. “Somos das Escolas Nucleadas. Essas formações nos incentivam a passar aos alunos sobre estas questões do racismo, a cultura africana, do nosso país da nossa comunidade. As comunidades do campo tem muita pessoas que sofrem racismo, discriminação racial e social, então é muito importante para nós esta formação. Somos contemplados e honrados em estar participando e cada vez mais aumentando nosso conhecimento para levar aos alunos e à comunidade”.
Marujada Mirim do Beco de Dola fez a apresentação cultural abrindo o evento
