
Foto: Jefferson Peixoto / Secom PMS
Reportagem: Letícia Silva / Secom PMS
Mulheres e mães atípicas viveram nesta sexta-feira (5) um momento de aprendizado, acolhimento e troca de experiências durante a “Oficina de Culinária – Alimentando Sonhos”, realizada na Faculdade Anhanguera Iguatemi, em Salvador. A iniciativa integra as comemorações do Mês da Pessoa com Deficiência, e oferece aulas práticas de receitas como pães de queijo, tortas, bolos, pastéis de forno e pão de metro, dentro de uma programação de 20 horas com certificação.
A oficina é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), a Anhanguera e a Central Única das Favelas (Cufa) Bahia. Dentro da programação do Setembro Verde, mês dedicado aos direitos das pessoas com deficiência, serão realizados ainda cursos de inclusão digital a pessoas surdas, oficina de construção de brinquedos acessíveis, entre outras atividades.
A dona de casa Flávia Barbosa, de 33 anos, moradora da Boca do Rio, foi uma das participantes. Ela contou que chegou até a oficina através de um grupo de mães atípicas de Cajazeiras. “Para nós, mães atípicas, é um momento terapêutico. Nossa luta diária é árdua e aqui, além de aprendermos uma profissão, temos um espaço de lazer, um tempo para aliviar a mente”, revelou. Flávia é mãe de João Lucas, de 5 anos, e ressaltou que pretende transformar o aprendizado em uma nova fonte de renda.
Quem também encontrou no curso uma nova oportunidade foi a confeiteira Adriele Cristina, de 39 anos. Já atuando na produção de doces, ela buscou ampliar seus conhecimentos para o setor de salgados. “Muitos clientes me perguntam se faço também salgados, e eu sempre dizia não. Agora vou poder oferecer um cardápio mais completo. Isso significa ampliar meus horizontes, conquistar novos clientes e, claro, garantir uma vida melhor para o meu filho”, contou, acompanhada do pequeno Ayan, de 5 anos, que esteve ao seu lado durante toda a atividade.
A oficina é fruto da união de esforços entre diferentes instituições. Para Daiane Pina, diretora de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência (DPCD) da Sempre, a ação representou uma oportunidade de transformação. “Essas oficinas são um caminho para que as mulheres, em sua maioria mães solo, possam empreender e gerar renda. A gestão municipal tem trabalhado para criar projetos e parcerias que ofereçam oportunidades reais de transformação de vida, ampliando a qualidade de vida de suas famílias”, destacou.
A vice-presidente da Cufa Bahia, Agda Santos, também ressaltou a importância da iniciativa. “As mães atípicas também são mulheres e precisam mostrar suas potencialidades. A Cufa, junto com a Anhanguera e a Prefeitura, se uniu para trazer essa oportunidade. Essas mães já cuidam tanto dos filhos, elas também precisam ser cuidadas. Não tem preço poder contribuir para que elas encontrem caminhos de crescimento e valorização”, disse.
Já para a diretora da Anhanguera Iguatemi, Cleise Fernandes, o projeto reforça o papel social da instituição. “A Anhanguera Iguatemi é uma universidade aberta à comunidade. Quando unimos forças com a Prefeitura e a Cufa, conseguimos transformar demandas sociais em oportunidades reais. É uma alegria ver nosso espaço se tornar celeiro de novas perspectivas para essas mulheres”, afirmou.
Acesse a galeria de fotos: https://comunicacao.salvador.ba.gov.br/maes-atipicas-participam-de-oficina-de-culinaria/ .
Fonte: Prefeitura de Salvador