Caravana de Direitos Humanos bate recorde com mais de 3200 atendimentos realizados em nove dias

Iniciativa da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH-BA), a Caravana de Direitos Humanos realizou, entre os dias 10 e 19 de julho, sua ação mais longa, intensa e distante da capital baiana, desde março de 2025. Foram mais de 2 mil Km rodados, mais de 1.800 pessoas alcançadas e 3.200 atendimentos realizados. Estas edições da Caravana reafirmaram o compromisso do projeto com as urgências da população baiana e com a interiorização da política pública em todos os territórios do Estado.

A equipe da Caravana, e dos órgãos parceiros, saiu de Salvador no dia 8 de julho, com destino a Barreiras, no extremo Oeste da Bahia, Território de Identidade Bacia do Rio Grande. A Caravana atravessou 863,7 km de estrada para se somar ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que estava na cidade com o projeto PGJ Itinerante. Os serviços da Caravana aconteceram nos dias 10 e 11 de julho, na sede do MP-Ba, no Centro Educacional Sagrado Coração de Jesus e no Colégio Estadual de Tempo Integral Kelly Magalhães. As ações formativas da Caravana em Barreiras alcançaram 559 pessoas, entre estudantes e gestores.

Na ocasião, integrantes da rede de proteção das crianças e adolescentes participaram de uma capacitação no SIPIA (Sistema de Informação para a Infância e Adolescência). A formação contou com a participação de 78 pessoas, oriundas de 15 municípios de três Territórios de Identidade: Bacia do Rio Grande (Angical, Baianópolis, Barreiras, Buritirama, Catolândia, Cotegipe, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia, São Desidério e Wanderley), Bacia do Rio Corrente (Correntina e Jaborandi) e Velho Chico (Muquém do São Francisco). Entre os participantes, conselheiros tutelares e outros profissionais atuantes nos equipamentos de referência para este público, como assistentes sociais, psicólogos e lideranças comunitárias. A capacitação SIPIA é uma iniciativa da Coordenação de Proteção à Criança e ao Adolescente, vinculada à Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos  da SJDH-BA.

Carinhanha – No dia 12 de julho, a Caravana se deslocou para Carinhanha, cidade situada no Território de Identidade Velho Chico, a 367 km de Barreiras, para mais dois dias de ação. Nos dias 14 e 15 de julho, a equipe da Caravana e dos órgãos parceiros realizaram 1.237 atendimentos para mais de 700 pessoas.  Também aconteceram ações formativas em Direitos Humanos para 208 estudantes das redes Estadual e Municipal, e capacitação para 170 gestores. Três territórios de identidade e 14 municípios foram alcançados na capacitação SIPIA: Carinhanha, Igaporã, Ibotirama, Morpará, Malhada, Matina, Serra do Ramalho , Riacho de Santana, Bom Jesus da Lapa, Feira da Mata (Velho Chico); Iuiú, Palmas de Monte Alto, Sebastião Laranjeiras (Sertão Produtivo); e Santa Maria da Vitória (Bacia do Rio Corrente).

Ainda no Velho Chico, nos dias 16 e 17 de julho, a Caravana chegou em Malhada, precisamente no Quilombo Parateca e Pau D’Arco, localizado à 77 km da sede. Foram mais de 700 atendimentos para cerca de 500 pessoas, incluindo a emissão de documentos básicos, acesso à políticas públicas, orientações sobre benefícios sociais, atendimento médico, entre outros. Dez comunidades quilombolas foram impactadas: Pau D’arco, Parateca, Genipapo, Facão Duro, Barro Preto, Caatinga Seca,  Vila Nova, Jacaré, Anil, Bredo.

No dia 16, movimentos sociais, servidores (as) e gestores (as) da rede socioassistencial dos municípios da região (Malhada, Carinhanha, Iuiú, Riachão, Palmas de Monte Alto e Ribeirão das Neves) participaram de uma formação em Direitos Humanos, com o objetivo de qualificar o atendimento ao público, sobretudo as populações vulnerabilizadas e vitimizadas por violências estruturantes da sociedade. A atividade também tratou da importância  da articulação intersetorial e do trabalho em rede para a garantia dos direitos.

Sertão Produtivo – A última parada foi em Palmas de Monte Alto, no Sertão Produtivo, onde nos dias 18 e 19 de julho, a Caravana de Direitos Humanos seguiu fortalecendo a cidadania da população quilombola. Com ações no quilombo Aroeira, localizado a 30 km da sede de Palmas, a Caravana realizou cerca de 700 atendimentos para 266 pessoas de 13 comunidades: Jurema, Vargem Comprida, Cedro/Sítio Cangirana/Curral Novo, Mari, Coletivo do Baxio, Angico, Vargem Alta, Toquinha, Brasileira, Aroeira, Barra/Juazeirinho, Empoeira e Rancho da Mãe. Na sede, foi realizada uma formação em Direitos Humanos para gestores montealtenses. A atividade ocorreu no auditório do Colégio Municipal Eliza Teixeira de Moura e contou com a participação de 83 pessoas.

Participaram das últimas edições da Caravana o Ministério Público, o Tribunal de Justiça, o Tribunal Regional Eleitoral, a ARPEN-BA (Registradores Civis), a Secretaria de Relações Institucionais da Bahia, por meio da Cojuve (Coordenação Geral de Políticas de Juventudes) e as prefeituras municipais. A Embasa também esteve presente em Malhada e Palmas de Monte Alto.

Nos 718,3 Km de retorno para Salvador, a equipe da Caravana e dos serviços parceiros, voltou para casa com o sentimento de missão cumprida e com a certeza de que os Direitos Humanos têem o poder de conectar a Bahia de ponta a ponta. As próximas Caravanas já estão sendo construídas e têm data marcada. De 4 a 8 de agosto em Feira de Santana, em parceria com o Programa Bahia pela Paz (também coordenado pela SJDH), e de 18 a 23, em municípios da Chapada Diamantina.

Alcance — Em 2025,  a Caravana de Direitos Humanos já chegou para mais de 9.600 pessoas, somando as que acessaram os serviços (7.028) e as que participaram de ações formativas (2.646). Nas 13 edições deste ano, foram realizados mais de 15 mil atendimentos em Salvador, Tanquinho, Água Fria, Madre de Deus, Itacaré (Taboquinhas), Ilhéus (Olivença), Valença (Jiquiriçá), Camamu, Banzaê (Aldeia Mirandela), Barreiras, Carinhanha, Malhada (Parateca/Pau D’Arco) e Palmas de Monte Alto (Aroeira). Até março de 2026, estão previstas mais 19 edições da Caravana, com expectativa de chegar a 256 municípios e realizar um total de 80 mil atendimentos. A Caravana de Direitos Humanos conta com a gestão administrativa da Fundação Luís Eduardo Magalhães.

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