A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que o chamado carro fumacê – Nebulização a Ultra Baixo Volume (UBV pesado) – tem uso restrito e é indicado apenas em situações de surtos ou epidemias de Dengue, Zika e Chikungunya.
Segundo orientações das autoridades sanitárias e evidências científicas, o fumacê não é uma medida de rotina. Seu uso indiscriminado pode favorecer a resistência do Aedes aegypti aos inseticidas, reduzir a eficácia da técnica e impactar o meio ambiente.
“O fumacê elimina os mosquitos adultos que estão em voo no momento da aplicação, mas não atinge ovos e larvas. Por isso, não resolve o problema de forma definitiva. O controle do vetor depende, sobretudo, da eliminação dos criadouros”, explica Verena Leal, chefe da Divisão de Controle Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde.
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, destacou que a gestão tem intensificado o enfrentamento às arboviroses, incluindo a dengue, de forma estruturada: “Estamos investindo em novas tecnologias, fortalecendo as ações de campo e ampliando estratégias de prevenção e controle para proteger nossa população”.
De acordo com protocolos técnicos, o fumacê deve ser aplicado somente após avaliação epidemiológica criteriosa e autorização estadual. A medida mais eficaz e sustentável continua sendo a eliminação de criadouros, com a participação ativa da comunidade.
A SMS reforça que segue adotando um conjunto de ações integradas de controle, incluindo mobilização social, visitas domiciliares, uso de UBV costal e mutirões de limpeza, sempre alinhados às diretrizes nacionais e estaduais de vigilância em saúde.
