Centro de Acolhimento ao Educador completa um ano com ações voltadas aos professores municipais em Salvador

Reportagem: Gilvan Santos e Ana Virgínia Vilalva/Secom PMS

O Centro de Acolhimento ao Educador Teresa Cristina Santos, gerido pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), no Comércio, celebrou um ano neste mês de julho e comemorou a data com um encontro, no Auditório Makota Valdina, na sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult). O espaço é dedicado ao acolhimento e à melhoria da qualidade dos profissionais da educação, e celebrou a data com um evento para os psicólogos que atuam no centro, onde eles fizeram um balanço deste primeiro momento.

O gerente de Desenvolvimento e Movimentação de Pessoal da Smed, Gustavo Moris, reforçou que o evento serviu para que os psicólogos pudessem apresentar o ciclo de atendimentos do primeiro semestre de 2025, traçando as diretrizes para o próximo semestre e apresentando quais são as metodologias para esse treinamento.

“Momentos como esse são importantes porque os professores da nossa rede precisam de suporte psicológico, devido a problemas e dificuldades emocionais que eles enfrentam no dia a dia. Neste momento, fizemos um balanço positivo do centro, que passou inicialmente por uma fase de implementação, onde desenvolveu, inicialmente, as estratégias para poder ser implementadas nas escolas, junto com os professores, e agora estão colocando o projeto em andamento”.

Moris lembra que os números do primeiro momento mostram que houve uma grande procura por parte dos professores, com cerca de 240 profissionais atendidos. “Esse é um número que tende a crescer com o tempo, com a aquisição da confiança dos professores no nosso centro de aposentamento e suporte psicológico. O centro não se caracteriza como uma clínica psicológica, mas dá esse suporte para os professores. Quem precisar de um atendimento mais emergencial, por exemplo, nós indicamos a rede dos Caps (Centro de Atenção Psicossocial), que são os centros de pronto atendimento psicológico”, declara.

Demanda feminina – A coordenadora de Atenção e Apoio ao Servidor do Centro, Luciene Costa, afirma que o momento é de avaliação do primeiro ano do espaço, referente aos atendimentos em atenção à saúde do trabalhador – as mulheres são quem mais procuram atendimento. “Estamos mostrando à rede que estamos aqui nesta atividade de acolhimento, de escuta, tanto individuais como em grupo, valorizando o servidor em todos os seus espaços. Quando você adentra a rede municipal, é algo imenso, com muitas escolas e espaços de educação até o final da carreira. Então trabalhamos desde quem está iniciando até quem está aposentando. Quem tem participado, tem trazido muitos outros colegas. Eu acho que é a grande sacada da educação e da Prefeitura, esse acolhimento ao trabalhador. Isso é novo, então o próprio trabalhador está conhecendo e descobrindo esse serviço”, explica.

A coordenadora conta que, além das ações internas, o centro promove iniciativas em locais como a Casa das Histórias, onde as atividades se misturam com a história do servidor, da cidade e da relação com o trabalho. “Nós oferecemos atividades por ciclos de vivências. Vamos a locais como o Muncab (Museu Nacional Afro-Brasileiro), MAM (Museu de Arte Moderna), Casa do Carnaval, as praças públicas também, nós temos grandes parceiros e usamos bastante os equipamentos públicos. A ideia é emergir em experiências, tirando deste lugar de sobrecarga e cansaço e cuidando de si mesmo”, completa.

Impactos psicossociais – Para o psicólogo Caio Araújo, que participou do evento, será pensado um grupo para oferecer total acompanhamento e acolhimento para os servidores que estão em situação de afastamento, readaptação e retorno ao trabalho. “Para isso, nós pensamos no grupo chamado Interlúdio – Entre pausas e recomeços, que é um grupo justamente com essa finalidade, para acolhimento e acompanhamento de servidores em situação de afastamento, readaptação funcional e retorno ao trabalho, para que a gente possa estruturar melhor essa trajetória que envolve o servidor em situação de restrição funcional”, relata.

Araújo reforça que a demanda maior no primeiro ano veio no âmbito do acolhimento diante de questões relacionadas aos impactos psicossociais do trabalho. “São diversos tipos de repercussões que têm a ver com questões como comunicação, um apoio maior diante de situações relacionadas ao trabalho, mas também institucionais. Então estamos com essa empreitada de realmente tornar a relação entre servidor e Smed também pautada na saúde do trabalhador e no fazer docente, que tenha como base um trabalho que possa ser realmente digno para esses trabalhadores. Contamos com o apoio e com o engajamento dos servidores para que a gente possa de fato conseguir construir esse acolhimento voltado à saúde do trabalhador da educação municipal de Salvador”, projeta.

Estrutura do local – O Centro de Acolhimento ao Educador Teresa Cristina Santos possui 44 psicólogos, integrantes da Diretoria de Gestão de Pessoas (Dgesp) da Smed, que atuam em três linhas de cuidado: acolhimento e suporte psicológico individual e intervenções grupais; promoção e prevenção em saúde mental no trabalho; e equidade, qualidade de vida e bem-estar. Os atendimentos ocorrem de forma individualizada e em grupos. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, nos turnos matutino e vespertino, e conta com oito salas de atendimentos individuais, uma sala para atendimento em grupo, recepção e sala de espera com possibilidade de atender até 50 pessoas simultaneamente.

Acesse a galeria de fotos: https://comunicacao.salvador.ba.gov.br/evento-comemora-aniversario-do-primeiro-ano-do-centro-de-acolhimento-ao-educador/ .

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