Evento da Semge celebra o Julho das Pretas e fortalece luta por equidade no serviço público

Em comemoração ao Julho das Pretas, a Secretaria Municipal de Gestão (Semge) promoveu nesta terça-feira (22) o evento “Interseccionalidade no Setor Público: Desafios para Mulheres Negras Servidoras”, reunindo lideranças femininas da administração pública para um diálogo sobre raça, gênero e classe na gestão soteropolitana. A iniciativa integrou a agenda do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado dia 25.

Com um público formado por servidoras e colaboradoras da Semge, a programação foi realizada no auditório do órgão, no Dois de Julho, e contou com painel temático, além de uma roda de conversa protagonizada por mulheres negras que ocupam cargos de liderança.

A subsecretária da Semge, Rafaella Pondé, destacou a importância da ação como parte de um compromisso institucional com a equidade. “Esse evento representa mais do que uma data. É um posicionamento para reconhecer, valorizar e dar visibilidade às mulheres negras que constroem diariamente essa gestão, sendo também um passo fundamental para um serviço público mais justo e representativo.”

Procuradora do município, Lilian Azevedo também contribuiu com reflexões durante a roda de conversa: “Participar do Julho das Pretas na Semge foi uma honra. Pudemos refletir sobre o racismo estrutural e sobre o papel da mulher negra na construção de uma cidade mais democrática. Não existe cidade sustentável sem igualdade racial. A mulher negra está na base econômica da sociedade e é também uma potência transformadora. Precisamos de políticas públicas que reconheçam esse protagonismo”.

Para Ludmilla Ramos, gerente de Política de Pessoas da Semge, o evento reafirmou a importância de criar espaços que evidenciem a liderança negra feminina no serviço público.

“Foi extremamente importante estar neste evento, especialmente por reunir mulheres negras que ocupam posições de liderança. Falar sobre essas trajetórias, sobre essas conquistas, é falar de resistência e representatividade. O Julho das Pretas reforça isso: que ocupar esses espaços também é um ato político”.

A atividade também teve como objetivos fortalecer a visibilidade das pautas das mulheres negras no ambiente institucional, promover espaços de formação e escuta, e reafirmar o compromisso da gestão municipal com a superação das desigualdades raciais e de gênero. A ação foi realizada pela Semge, através do Núcleo Interno do Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), com apoio da Secretaria da Reparação (Semur).

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