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Uma delegação do movimento islâmico palestino Hamas acaba de aceitar uma nova proposta de cessar-fogo que prevê uma trégua inicial de 60 dias e a libertação dos reféns em duas etapas, disse uma autoridade palestina, nesta segunda-feira (18).
Os esforços dos mediadores – Egito, Catar e Estados Unidos –, reunidos no Cairo, não tinham, até agora, conseguido alcançar uma trégua na guerra que continua a devastar a Faixa de Gaza, há mais de 22 meses.
Nesta segunda-feira, porém, uma delegação do Hamas recebeu uma nova proposta de cessar-fogo. O texto prevê uma trégua inicial de 60 dias e a libertação em duas etapas dos reféns.
De acordo com uma fonte palestina citada pela agência France Presse, esta última proposta foi aceita pelo Hamas. A proposta retoma as linhas gerais de um plano anterior enviado pelo norte-americano Steve Witkoff.
O estímulo diplomático ocorre no momento em que o exército israelense se prepara para avançar sobre a cidade de Gaza e os campos de refugiados vizinhos que até agora estavam fora do controle de Tel Aviv.
Esta manobra israelense tem como objetivo declarado acabar com o Hamas e libertar todos os reféns.
De acordo com uma fonte da Jihad Islâmica – grupo palestino aliado do Hamas –, citado no Le Figaro, o plano prevê a libertação de dez reféns israelenses e devolução de vários corpos de cativos, em uma primeira fase.
“Os demais reféns serão libertados em uma segunda fase, com negociações imediatas para um acordo mais amplo” com o objetivo de acabar com a guerra, com garantias internacionais.
A anuência por parte do Hamas surge para tentar “contrariar o plano de Israel de invadir Gaza e deslocar os habitantes”, acrescenta.
Entretanto, o Egito esclarece que o plano da trégua dos 60 dias foi enviado para Tel Aviv e agora “a bola está do lado israelense”.
Na semana passada, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu que só aceitaria um acordo “em que todos os reféns fossem libertados de uma só vez e nas suas condições para acabar com a guerra” em Gaza, cuja população está ameaçada pela “fome generalizada”, segundo a ONU.
Sobre os últimos acontecimentos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou nesta segunda-feira que o regresso dos demais reféns não irá ocorrer “enquanto o Hamas não for confrontado e destruído! Quanto mais cedo isso acontecer, melhores serão as chances de êxito”, afirmou.
Netanyahu está sob forte pressão tanto da opinião pública, como da comunidade internacional, onde se multiplicam os apelos para que se ponha fim ao sofrimento dos habitantes de Gaza.
*Com informações da Lusa
Fonte: Agência Brasil