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O número de mortos confirmados, após o terremoto registrado no domingo (31), no Afeganistão, subiu para 2,2 mil. Os últimos dados das autoridades talibãs tornam este sismo o mais letal da história do país.
De acordo com o porta-voz adjunto do governo afegão, Hamdullah Fitrat, o número de feridos também subiu, somando quase 4 mil pessoas, enquanto o número de casas destruídas ultrapassa as 7 mil.
Quase todas as vítimas fatais eram das aldeias montanhosas da província de Kunar, onde os deslizamentos de terra e as quedas de rochas continuam a provocar vítimas e a dificultar o acesso das equipes de resgate.
O número de mortos pode aumentar ainda mais, uma vez que “centenas de corpos foram encontrados em casas destruídas” durante as “operações de busca e salvamento em curso”, alertou o mesmo porta-voz.
O último balanço do abalo sísmico, divulgado na quarta-feira (3) pelo governo, dava conta de cerca de 1,460 mortos e 3,4 feridos.
A magnitude do terremoto chegou a 6,0 na escala de Richter, o que representa um sismo forte, e foi seguido por seis outros abalos, dos quais pelo menos dois tiveram magnitude de 5,2.
Na terça-feira, um novo abalo de magnitude 5,2 atingiu o leste do país.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) avisou que as probabilidades de encontrar sobreviventes estão “diminuindo rapidamente”, referindo que “as chuvas agravaram ainda mais” a situação, enquanto as autoridades talibãs admitiram que não vão conseguir lidar com a situação sozinhas.
A OMS, que alertou para o risco de epidemias, lançou um novo apelo por US$ 4 milhões (cerca de R$ 21 milhões) para fazer frente às “imensas necessidades” depois do terremoto, enquanto a ONU já liberou R$ 5 milhões de dólares (R$ 27 milhões).
No entanto, tanto a ONU como outras organizações de ajuda humanitária já alertaram para as dificuldades em dar mais apoio já que, desde o início do ano, foram forçadas a reduzir a assistência aos afegãos devido aos cortes na ajuda internacional.
A catástrofe atingiu o país no momento em que o Afeganistão já lutava contra a devastação de quatro décadas de guerra, que colocou o sistema de saúde muito perto da ruptura, e com uma grave crise econômica, agravada por sanções internacionais impostas na sequência da chegada ao poder dos talibãs, em 2021.
Fonte: Agência Brasil