Foto: Jefferson Peixoto/ Secom PMS
Texto: Ana Virgínia Vilalva e Eduardo Santos/ Secom PMS
Além de gastronomia, games, desfiles de moda e beleza, música e bate-papos especiais, a preocupação com a preservação ao meio ambiente também marca a 17ª edição do Festival da Cultura Japonesa de Salvador 2025, o Bon Odori. O evento acontece até domingo (7) no Parque de Exposições de Salvador, na Avenida Paralela. E quem vai ao local, inclusive, se depara com o Mercado Sustentável.
Trata-se de um estande interativo montado pela Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), que leva ao público noções práticas de consumo consciente e descarte adequado de resíduos.
“O foco é mostrar uma produção (de descartes) responsável, a partir de produtos facilmente encontrados em supermercados, de forma a apresentar às pessoas, de maneira didática, que o problema vai muito além do consumo. É possível comer um iogurte em menos de cinco minutos, mas e como fica o descarte dessa embalagem? Quanto tempo ela ficará no meio ambiente antes de se decompor. Então, trazemos essa consciência para as crianças e adolescentes”, explica a coordenadora de Educação Ambiental e Climática da Secis, Maristela Souza.
Ao chegar no local, o público recebe orientações de como descartar todo o lixo produzido em casa, sobre coleta seletiva e o funcionamento do programa Recicla Capital, que funciona por meio de troca itens recicláveis por alimentos, produtos de higiene e limpeza. As transações são feitas em contêineres espalhados pela cidade.
Além da orientação, o estande da Secis promove oficinas com brinquedos feitos de materiais reaproveitados e distribui brindes, revistas educativas e sabonetes desenvolvidos em parceria com a Unifacs, produzidos a partir do reaproveitamento do azeite de dendê — serão 500 amostras distribuídas até o fim do evento.
Keiko Nagagawa, coordenadora de Sustentabilidade do festival, falou da importância de manter um espaço voltado para práticas sustentáveis.
“Desde 2022, o Bon Odori trabalha com as questões sustentáveis, com coleta seletiva e uso de utensílios menos degradantes. Além disso, essa parceria com a Secis, Limpurb e outros órgãos municipais mostra que essa preocupação existe em várias instâncias entre os poderes públicos e privados, e que todos podem e devem expor suas ações nesse sentido”.
Experiência – O Festival da Cultura Japonesa atrai pessoas de todas as idades. Dentre os grupos presentes no primeiro dia de evento estiveram alguns estudantes da Escola Municipal Cidade de Jequié, da Federação, guiados pela professora Daniele Ferreira.
“Estou conduzindo esses 28 alunos do 8⁰ ano pela primeira vez, e todos estão muito encantados com tudo aqui. É muito importante trazê-los ao festival, para que possam conhecer outra cultura, visto que eles estão em um contexto mais fechado, mesmo conhecendo pela TV e internet. Aqui já há essa noção realista dessa cultura rica, que é a japonesa”.
Aos 13 anos, a estudante Yasmim de Oliveira achou o passeio bastante enriquecedor. “Os estandes e a decoração são bastante atrativos, dando essa impressão de que estamos realmente inseridos numa realidade do Japão”.
Juan Cleber de Souza, também de 13 anos, conheceu na prática a realidade antes vivenciada na tela de um celular ou computador. “Aqui encontrei um pessoal fã de animes, gente fazendo cosplay, muita coisa de videogame. E é esse universo todo que me chama a atenção. É uma grande experiência para falar a respeito em sala de aula”.
Evento consolidado – Marcelo Naoto, presidente da Associação Cultural Nippo-Brasileira de Salvador (Anisa) e organizador do Bon Odori, explica que o festival já faz parte da cultura de Salvador e integra o calendário de eventos anuais da cidade. “É um evento aguardado anualmente pela população. De nossa parte, temos o objetivo de apresentar a cultura japonesa ao maior número de pessoas possível.”
“Anualmente, nosso maior desafio é trazer novidades. Trazemos muitas atrações de fora do estado, de forma a diversificar o espetáculo. Este é um dos maiores festivais culturais da Bahia, que atrai muito público de diversos locais, movimentando a cultura, o turismo e a economia de Salvador “, destaca Marcelo Naoto.
Como novidade, o festival trouxe para este ano o tema “Amuletos japoneses da sorte nas terras da Bahia”. Também há o Espaço Yumi, voltado para o público infantil, com atividades e workshops para os pequenos. O evento traz ainda os dubladores Guilherme Briggs e Feh Dubs, além de um concurso de cosplay — pessoas fantasiadas de personagens de anime.
Fonte: Prefeitura de Salvador
