
A ciência feita por estudantes da rede estadual de ensino da Bahia ganhou espaço na 32ª edição da SBPC Jovem, em Recife. Ao todo, 16 projetos escolares representam o Estado durante a programação do evento, que começou na terça-feira (15) e prossegue até este sábado (19), dentro da 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Os trabalhos revelam a potência criativa das escolas públicas e o compromisso com a formação científica no ambiente escolar.
Criada em 1993, a SBPC Jovem é um dos principais espaços de educação e divulgação científica do país. A programação inclui feiras, oficinas, mostras tecnológicas, minicursos e rodas de conversa. O evento mobiliza instituições de pesquisa, universidades, grupos de estudantes e professores de todas as regiões do Brasil.
Os projetos da rede estadual foram desenvolvidos a partir de temas conectados ao território de identidade em que as unidades escolares se encontram e à realidade dos estudantes. Sustentabilidade, inovação, cultura alimentar, saúde mental e literatura aparecem como eixos centrais. Cada proposta reflete a vivência dos alunos e o olhar transformador da ciência dentro da escola.
Entre os projetos apresentados pela rede estadual da Bahia está o “Ecoabrigo: alternativa sustentável para animais em situação de vulnerabilidade”, do Colégio Estadual da Bahia Central. A iniciativa propõe a criação de abrigos feitos com materiais como fibra de coco, gesso e papel reciclado. “Muitos animais vivem nas ruas sem abrigo. Pensamos em uma solução simples e ecológica que pode ser aplicada em qualquer bairro. Estou achando a experiência incrível, pois mostra que a ciência vai além de prêmios. Envolve aprendizado, troca e impacto social”, destacou Maria Luiza Solla Dantas, 17 anos, aluna da 2ª série.
Outro exemplo é o projeto “Saberes e sabores das PANCS: resgate cultural e sustentabilidade na alimentação”, desenvolvido no Colégio Estadual de Tempo Integral Professara Hilda Monteiro Menezes, em Campo Formoso. A pesquisa busca catalogar em um livro, junto com receitas, as plantas alimentícias não convencionais (PANCs) da região, podendo ser uma forma de ajudar socioeconomicamente a comunidade. “Está sendo uma experiência única, conhecer vários projetos, e ver como a ciência tem a capacidade de moldar o futuro está sendo algo fantástico. Ver nosso trabalho aqui na SBPC é uma realização enorme”, afirmou o estudante Robson André Gonçalves Silva , 17 anos, da 3ª série, representante da equipe.
13 – Colégio da Polícia Militar Bom Jesus da Lapa Projeto – “Musicalidade, criticista de protesto: a busca por justiça social em baianasystem e nação zumbi”.Professor – Diego Aguiar.Estudantes – Kayky Carvalho, Júlia Beatriz e Alexandre de Jesus.
14 – Colégio da Polícia Militar Bom Jesus da Lapa Projeto – “Discussões sobre a perpetuação do coronelismo no funcionamento da democracia contemporânea brasileira”.Professor – Diego Aguiar.Estudantes – Enzo Louzada, Davi Lucas da Costa e Ravy dos Santos.