Prefeitos, secretários e coordenadores de Defesa Civil de mais de 80 municípios do semiárido baiano discutiram, na manhã desta sexta-feira, 29, a integração dos entes envolvidos no processo, estratégias de prevenção e respostas aos impactos causados pelas estiagens prolongadas que periodicamente castigam a região.
Durante o evento realizado em um auditório do 35º Batalhão de Infantaria, denominado de 1º Encontro para Discussão do Plano de Contingência e Abastecimento por Carro-pipa, foram apresentados meios de acesso a esta forma de abastecimento.
Este meio de levar água para a região, diz o coordenador da Defesa Civil de Feira de Santana, Antônio José, é visto como fundamental porque 85% do território baiano está situado no semiárido, região onde historicamente se registram baixos índices pluviométricos.
“Por isso, demanda o abastecimento de água potável feito por caminhões-pipa”, disse o coordenador local. Ele enfatizou que os técnicos e prefeitos foram informados sobre os meios de como solicitar este tipo de serviço, que é realizado pelo Exército, bem como conheceram ações desenvolvidas.
O secretário de Agricultura de Rodelas, Geraldo Fonseca, disse que as informações passadas pelos palestrantes serão importantes para que as ações da Defesa Civil do município sejam efetuadas com os resultados esperados, tanto no abastecimento de água como no combate a incêndios que acontecem nos coqueirais.
“Ainda estamos nos estruturando, mas o início está dentro do esperado e projetamos a prestação de serviço satisfatória”, afirmou o secretário, que estava acompanhado pelo coordenador da Defesa Civil de Rodelas, Édipo Silva.
Para o superintendente de Proteção da Defesa Civil da Bahia, Héber Santana, o evento teve como finalidade apresentar alinhamentos para combater os efeitos da seca no semiárido, bem como apresentar possíveis soluções para o enfrentamento da estiagem, e um deles é o abastecimento realizado por carro-pipa.
Disse que atualmente cerca de 100 municípios baianos, que correspondem a pouco mais de 20% da totalidade, decretaram situações de emergência devido aos problemas provocados pela seca, que, quando reconhecidos pelo Governo Federal, permitem o acesso a recursos específicos e agilizam ações de defesa civil para a população afetada.
Participaram representantes dos governos das esferas municipal, como o secretário de Prevenção à Violência, Luziel Andrade, estadual e federal.
