Saúde promove capacitação sobre pré-natal de homens trans e pessoas transmasculinas

A Secretaria Municipal de Saúde promoveu, nesta sexta-feira (5), uma capacitação voltada para enfermeiros e médicos da Atenção Básica com o tema “Qualificação em pré-natal com ênfase em pré-natal e puerpério de homens trans e pessoas transmasculinas”.

O encontro, realizado no auditório da Unex, teve como objetivo aprimorar a assistência prestada pelos profissionais, fortalecendo o cuidado integral, inclusivo e humanizado durante a gestação e o pós-parto. 

A assistente social Bruna Bastos, referência em Saúde da População LGBT+, ressaltou a relevância da iniciativa para ampliar e qualificar o atendimento prestado na Atenção Primária à Saúde, considerada a porta de entrada dos usuários no SUS.

“O intuito é assegurar a integralidade do cuidado, respeitando a individualidade e a identidade de gênero, conforme os princípios do SUS. Isso significa uma abordagem livre de preconceitos, com atendimento sensível e humanizado à população LGBT+”, destacou.

A médica ginecologista e obstetra da rede municipal, Marília Pimentel, alertou para a importância de identificar e tratar precocemente as síndromes metabólicas, como hipertensão e diabetes, que podem levar gestantes a quadros de alto risco e até a morte neonatal.

“É essencial que os profissionais de saúde que atuam na linha de frente do cuidado  estejam preparados para evitar complicações à saúde da gestante, sejam mulheres cis ou homens trans. As síndromes hipertensivas gestacional, por exemplo, impactam diretamente a saúde materna e neonatal”, afirmou.

A enfermeira Alessandra Magalhães, referência técnica em Saúde da Mulher, reforçou que a qualificação contínua dos profissionais é fundamental para garantir um pré-natal e um acompanhamento no puerpério “de forma mais segura, reduzindo complicações e promovendo uma assistência de qualidade”. 

Esse processo de atualização para melhoria da assistência à saúde na rede municipal terá continuidade no próximo dia 19.

O médico obstetra do Hospital da Mulher, Carlos Costa Lino, destacou a importância de os profissionais de saúde estarem preparados para atender a população trans. Segundo ele, um dos maiores desafios está na falta de empatia e acolhimento durante a assistência. 

Ele chamou atenção para os desafios enfrentados por homens trans que engravidam, sobretudo em relação à insegurança de não terem acesso a um pré-natal adequado.

Fonte: Prefeitura de Feira de Santana

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