Secretário Felipe Freitas é cobrado sobre políticas públicas para vítimas de violência doméstica

O secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, foi alertado hoje (3), na Câmara de Feira de Santana, pelo vereador Pedro Américo (Cidadania), para a necessidade de criar políticas públicas “em grande escala”, visando assistir a mulheres vítimas de violência doméstica. A medida é crucial, segundo o vereador, com o fim de evitar os crescentes números de feminicídio. “É quem tem o poder da caneta e do dinheiro para realiza-las”, afirmou, ao sugerir uma rede de apoio, iniciada com o acolhimento na delegacia e seguindo até o encaminhamento à Casa Abrigo.

O parlamentar pontua que muitas mulheres fazem um boletim de ocorrência na delegacia sobre agressões e ameaças, mas “precisam voltar pra casa” porque dependem, de alguma forma, dos seus algozes: “Precisamos falar também sobre a medida protetiva, que muitas vezes não garante proteção”. Ele reforçou que o Estado precisa cuidar destas mulheres, que após serem vítimas de violência não devem voltar para a residência onde também reside o agressor. O ideal, preconiza Pedro Américo, é que, chegando à delegacia, devem ser acolhidas por psicóloga e assistente social, que saberão se elas têm para onde ir e como se manter. Em seguida, encaminhadas à Casa Abrigo. “Precisam ser cuidadas e, a partir do fmomento quem chegam para registrar a agressão, a vida delas é de responsabilidade do Estado”, acrescenta.

Enfatizando que as vítimas de violência doméstica precisam de “acolhimento real”, ele conclamou as autoridades estaduais a ações para prevenção ao feminicídio, “saindo do discurso e passando para a prática, políticas públicas precisas”. Chamou a atenção, para a necessidade de melhorar a estrutura da Casa Abrigo.

GALEGUINHO E ELI RIBEIRO

Acompanhando o pronunciamento do colega, o vereador Eli Ribeiro (Republicanos) disse que, além de serem obrigadas a voltar para casa, por não terem para onde ir, “algumas mulheres nem denunciam, pois já se acostumaram com a violência”. Para Galeguinho, o retorno ao endereço onde sofreu violência, para a mulher, é “cavar a própria cova”.

Foto: Jornal Grande Bahia

Fonte: Câmara de Feira de Santana

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