
A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) recebe, no Largo Tereza Batista, no Pelourinho, dois eventos em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra no Brasil. As atividades integram a agenda do Julho das Pretas e reafirmam o compromisso do Governo do Estado com o enfrentamento ao racismo, à desigualdade de gênero e com a valorização das múltiplas expressões das culturas negras.
Na sexta-feira (25), das 9h às 12h, o Centro de Formação em Artes (CFA) e a Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) promovem uma manhã de atividades formativas, artísticas e reflexivas. Com o tema “valorizar, reconhecer e dar visibilidade à contribuição das mulheres negras na sociedade”, a ação propõe um espaço de escuta, trocas de saberes e celebração do protagonismo das mulheres negras nas artes e na vida pública.
A programação começa com uma aula de dança afro ministrada pela professora Tati Campêlo, reconhecida por seu trabalho com expressões corporais afro-brasileiras. Em seguida, às 10h30, o público poderá acompanhar a palestra da pesquisadora Vânia Oliveira, referência nacional nas discussões sobre raça, gênero e território. Para encerrar, às 11h30, haverá uma apresentação especial da artista Lorena Bispo, atual Deusa do Ébano do Ilê Aiyê, símbolo de resistência, ancestralidade e beleza negra.
No domingo (27), das 11h às 20h, o Fundo Agbara realiza o evento “Julho das Pretas – Celebrando a Ancestralidade, Construindo Futuros – Ano II”, que marca o encerramento de uma série de ações desenvolvidas ao longo do mês de julho em comunidades periféricas de Salvador e na região metropolitana.
A programação conta com feira de economia criativa com 15 empreendedoras negras, rodas de conversa e apresentações culturais de artistas negras locais. A proposta é fortalecer o empreendedorismo, a visibilidade e a autonomia das mulheres negras, enfrentando as desigualdades raciais e de gênero por meio da cultura e da formação cidadã.
Resistência – Instituído em 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo (República Dominicana), o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha tem como objetivo dar visibilidade às lutas, conquistas e à resistência histórica das mulheres negras do continente.
No Brasil, a data também celebra Tereza de Benguela, líder quilombola símbolo da luta contra a escravidão no século XVIII. Mais do que uma data comemorativa, o 25 de Julho representa um importante momento de mobilização social e política em defesa da equidade racial e de gênero.