Com oito títulos ao todo e atual tricampeã da competição nacional, a Seleção Baiana de Ciclismo embarcou na quinta-feira (28) rumo a Rio Branco, capital do Acre, onde disputa a Copa Norte Nordeste de Ciclismo 2025. A competição acontece de sexta-feira (29) a domingo (31) com as disputas de contrarrelógio, resistência e velocidade, uma em cada dia nesta ordem.
A delegação baiana, composta por 22 atletas e quatro membros da comissão técnica, viajou com o apoio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), que concedeu passagens aéreas para cinco destes atletas. O presidente da Federação Baiana de Ciclismo (FBC), Oscar Schimidt, que embarcou como chefe de delegação, pontuou a importância do certame e a força da Bahia na competição.
“Nós estamos confiantes, agradecidos pela Sudesb e pelo Governo do Estado em poder estar presentes mais uma vez com a nossa delegação. Estamos firmes, saindo de Salvador com muita vontade de vencer e de representar muito bem a Bahia. A seleção que vence é a seleção que mais traz medalhas. Então, a luta é grande para competir e para decidir qual atleta vai participar de qual prova. É também um jogo de xadrez para nós técnicos. A vitória é consequência desse trabalho em equipe”, pontua.
A Bahia, além de ser a maior campeã, sempre conquista muitas medalhas, No ano passado, foram 30. O destaque fica para os primeiros dias com as vitórias no contrarrelógio e na resistência, segundo Oscar. Ao todo, são 11 categorias entre elite, divisão de base e master. O estado campeão é aquele que somar mais pontos ao final da competição de acordo com as medalhas conquistadas. As provas dos baianos serão transmitidas ao vivo pelo Instagram da FBC.
Força Baiana – Oscar acrescenta que a força da Bahia está pelos atletas que vão representar o Estado, desde multicampeões brasileiros até novos talentos. Ele ressalta ainda a dificuldade em definir um destaque e em selecionar os melhores dentre mais de 1.200 ciclistas filiados, que participam do calendário bem elaborado da modalidade apoiado pelo Governo do Estado da Bahia.
“Então, destacar um ou outro é até uma injustiça, porque geralmente os destaques aparecem lá. Esse ano vamos ver quem vai se destacar mais. Mas, temos uma equipe da elite muito boa e em todas as categorias. Só tem máquina na equipe. Nada disso seria possível, rapaz, se não tivesse um apoio governamental forte da Sudesb ao longo do ano, porque é fruto justamente desse calendário para termos uma equipe qualificada para chegar e disputar títulos”, cita.
Dentre esses multicampeões brasileiros que Oscar citou, está Cristiane Duque, 48 anos, de Lauro de Freitas. A experiente ciclista da categoria elite feminina é quatro vezes campeã brasileira e campeã pan-americana em 2019, com destaque para as variações de resistência e contrarrelógio. Ela brinca que disputa a Copa Norte Nordeste desde que ela foi criada e que esteve em todas as conquistas da Bahia no torneio, o que destaca sua experiência para buscar ainda mais títulos.
“Quando era só Nordeste, só não fui duas vezes. Mas, no Norte Nordeste, fui em todas e em todos os oito títulos. Tenho inúmeras medalhas. A maioria de ouro, imagina. A Copa é uma competição diferente do que a gente vive normalmente, porque é um acumulado de três dias. A gente sempre vai preparada. Eu já tenho uma experiência boa. Sou atípica na elite, porque não se costuma ter um atleta de 48 anos. Mas, a experiência conta muito para buscar a melhor estratégia para decidir lá e trazer a medalha de ouro”, conta Cris.
FazAtleta – Outro destaque do ciclismo baiano que vai representar o Estado é Geci Rocha, de 36 anos e de Vitória da Conquista, que vai competir na master A, categoria que foi campeão brasileiro de resistência em 2021, contrarrelógio em 2022 e resistência em 2024. Ele também esteve nos últimos três títulos da Seleção Baiana na Copa Norte Nordeste. No período da sua conquista, ele é apoiado pelo programa FazAtleta, do Governo do Estado e destaca tanto a importância do apoio como as expetativas para a edição deste ano.
“Com todas as provas que participei, consegui medalhas para a Seleção Baiana. A expectativa é ótima porque foi um ano muito positivo. Consegui classificação para o Mundial, que, inclusive, vou contar com a ajuda da Sudesb para disputar na Austrália. Já a Bahia chega confiante para trazer mais um título mesmo com uma equipe reduzida, porém, muito forte. Eu quero conquistar três ouros nas minhas três provas como fiz nas últimas duas edições. Meu desempenho e de todo time é fruto desse investimento do Governo do Estado e, principalmente no meu caso, do FazAtleta. Sem esse apoio, é inviável estar no alto rendimento focado nas provas e nos treinamentos”, comenta.
Também apoiada pelo FazAtleta, a vice-campeã brasileira Rita Cruz, de 38 anos, da categoria elite feminina e de Lauro de Freitas, também está empolgada para sua quarta disputa na Copa Norte Nordeste. “Eu comecei a pedalar em 2020 e a competir um ano e meio depois. Então, tive a experiência da Copa e adorei. Fui vice-campeã da prova de resistência no ano passado. Eu passei esse ano todo treinando para buscar o ouro porque é uma das competições que eu mais gosto. A equipe é muito unida e a energia é muito boa”
