UE e Israel chegam a acordo para aumentar apoio humanitário a Gaza

A União Europeia (UE) chegou hoje (10) a um acordo com Israel para “expandir o apoio humanitário” no enclave palestino da Faixa de Gaza, com mais pontos de passagem e caminhões com comida, anunciou a representante da diplomacia europeia.

“Chegamos hoje a acordo com Israel para expandir o apoio humanitário a Gaza”, escreveu a alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, nas redes sociais.

A representante da diplomacia do bloco comunitário especificou que o acordo prevê a “abertura de mais pontos de passagem [estão todos praticamente bloqueados por Israel], caminhões com comida e apoio [humanitário, nomeadamente medicamentos] a entrar em Gaza, a reparação de infraestruturas vitais e a proteção de trabalhadores humanitários”.

Em comunicado, a alta-representante da UE para a diplomacia esclareceu que o acordo entrará em vigor “nos próximos dias” e que há um “entendimento comum” entre os 27 países do bloco e Tel Aviv de que o apoio humanitário “tem de ser disponibilizado diretamente à população” sem a possibilidade de ser desviado para o movimento Hamas, que administra o território.

Os pontos de acesso a Gaza reabertos são os da Jordânia e do Egito, assim como outros ao sul do enclave ocupado por Israel.

O comunicado esclarece também que a distribuição de comida vai ser feita a partir de “padarias e cozinhas públicas na Faixa de Gaza”, que vai ser retomada a distribuição de combustível e a operação das estações de dessalinização da água.

“Esperamos que Israel implemente cada medida acordada”, comentou Kaja Kallas nas redes sociais.

A Faixa de Gaza está sob ocupação israelense desde o final de 2023. Tel Aviv invadiu o território palestino, alegando a necessidade de resgatar os reféns do atentado de 7 de outubro de 2023 em território israelense, perpetrado pelo grupo islâmico Hamas.

No entanto, a intervenção militar israelense foi considerada desproporcional por vários países, incluindo a UE, organizações não governamentais e pela representante das Nações Unidas que observa os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese.

A África do Sul acusou Israel do crime de genocídio no Tribunal de Justiça Internacional.

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